Como tratar a Doença Inflamatória Pélvica?

Algumas doenças sexualmente transmissíveis como AIDS e sífilis são as mais abordadas em campanhas de saúde, nas aulas e até nas conversas entre mães e filhas. Mas, existem muitas outras que merecem a atenção de mulheres sexualmente ativas, como por exemplo, a doença inflamatória pélvica (DIP).  Você já ouviu falar dela?

A DIP pode ser causada por várias bactérias que atingem a região íntima da mulher e se espalham para os órgãos sexuais internos como útero, trompas e ovários, causando inflamações.

Essa doença afeta, na grande maioria dos casos, mulheres que estão na fase reprodutiva. São raros os casos da doença em meninas antes da primeira menstruação e após a menopausa.

Formas de contrair

A DIP surge através do contato com as bactérias após a relação sexual desprotegida. A maioria dos casos ocorre em mulheres que tem outra DST, principalmente gonorreia e clamídia não tratadas. Quando esses micro-organismos deixam o canal vaginal e “sobem” para a região do útero, das trompas e dos ovários, eles podem originar a doença inflamatória pélvica.

Apesar de esta ser a maneira mais comum de se contrair a DIP, os ginecologistas alertam que ela também pode ocorrer após algum procedimento médico no local, uma vez que esses procedimentos podem facilitar a entrada dessa infeção que estava na vagina, para dentro do útero e assim para as trompas. Como exemplos, podemos citar a inserção de DIU – Dispositivo Intra-Uterino, biópsia na parte interna do útero e curetagem. Então, vale a dica de ouro: consulte seu ginecologista regularmente e fique atenta aos sinais do seu corpo.

Os sintomas

A inflamação pode ser silenciosa durante um bom tempo. Os efeitos aparecem quando há um grande aumento das bactérias e, conforme a infecção se espalha, podem aparecer sinais como:

– Sangramento vaginal sem regularidade;

–  Dor na parte baixa do abdômen (no “pé da barriga” ou baixo ventre);

– Dor durante a relação sexual;

– Fadiga e vômito.

Como tratar?

Muitas vezes, as bactérias responsáveis pela doença não são detectadas em exames de rotina, o que dificulta o diagnóstico da DIP. Por isso, é muito importante manter acompanhamento regular com o ginecologista que, em caso de qualquer sintoma, deve ser comunicado.

O tratamento da DIP, inicialmente, é feito com antibióticos via oral ou por injeção. O ginecologista também pode prescrever repouso, abstinência sexual e a retirada do DIU, se for o caso. Pode ser necessária cirurgia em casos em que já há abscessos.

Durante o tratamento é recomendado que o parceiro sexual também seja tratado mesmo que não tenha sintomas para evitar a recontaminação.

Previna-se

É possível se proteger da doença inflamatória pélvica com o uso de preservativos e, claro, não ter relações com pessoas que estejam com corrimentos e lesões nos genitais. Cuide-se! A prevenção será sempre a melhor opção.

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