2 de abril – Dia Mundial de Conscientização do Autismo
O mês de abril é marcado por campanhas de orientação e conscientização a respeito dos Transtornos do Espectro do Autismo (TEAs), isso porque 2 de abril é Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
O autismo consiste em um problema psiquiátrico que costuma ser identificado na infância, entre 1 ano e meio e 3 anos de idade, embora os sinais iniciais às vezes apareçam já nos primeiros meses de vida. Conhecer os sinais é importante para que os pais possam contribuir com um diagnóstico precoce.
É importante ressaltar que o transtorno tem diferentes graus de funcionalidade e, o jeito de lidar com cada um, varia. O termo “espectro” reflete a ampla variação nos desafios e pontos fortes possuídos por cada pessoa com autismo.
O que causa Transtornos do Espectro do Autismo – TEA?
O autismo não possui causas totalmente conhecidas. Estudos e pesquisas sugerem que ele se desenvolve a partir de uma combinação de influências genéticas e não genéticas ou até mesmo ações ambientais como infecções e intoxicações durante o período pré-natal, prematuridade, baixo peso e complicações no parto.
Vale evidenciar que, apesar da genética e influências ambientais aumentarem o risco para o autismo, não significa que eles sejam, necessariamente, a causa do transtorno.
Alguns sinais de alertas que devem ser observados nas crianças:
– Choro ininterrupto;
– Apatia;
– Agressividade;
– Dificuldade em criar laços com outras crianças;
– Dificuldade em sair de uma rotina;
– Visão, audição, tato, olfato ou paladar excessivamente sensíveis;
– Comportamentos monótonos e repetitivos.
Diagnóstico precoce é fundamental
Para contribuir com o diagnóstico precoce, é preciso ficar atento ao desenvolvimento da criança no período inicial da vida. Os comportamentos listados anteriormente fogem ao chamado desenvolvimento típico e podem servir de alerta a familiares e profissionais da saúde.
Quanto mais cedo os familiares e a escola forem orientados sobre o quadro da criança, melhor será sua inserção social e aquisição de autonomia.
Autismo na vida adulta
Apesar de grande parte das conversas e estudos sobre autismo se concentrar na criança, pessoas adultas também podem conviver com o transtorno. Na vida adulta, o TEA também é definido a partir de uma análise do comportamento do indivíduo e o diagnóstico se baseia no modo de agir da pessoa. Alguns dos indícios que apontam para o diagnóstico de TEA na fase adulta são:
– Dificuldade durante a vida toda de interagir com outras pessoas e manter relacionamentos;
– Dificuldade de olhar nos olhos;
– Presença de gestos repetitivos ou expressões verbais atípicas;
– Apego a rotinas e/ou padrões de comportamento.
Existe tratamento?
Para contribuir com a qualidade de vida do autista, profissionais de saúde realizam um programa de tratamento intensivo e aprimorado a fim maximizar as habilidades sociais e comunicativas da criança por meio da redução dos sintomas do autismo.
Entre as atividades estão terapias de comunicação e comportamento, medicamentos, terapia ocupacional, fisioterapia. Tudo isso visa reduzir os problemas comportamentais, ensinar a pessoa a lidar com situações sociais e auxilia na aprendizagem de novas habilidades.
Ao contrário das crianças, que precisam desenvolver habilidades básicas, a terapia nos adultos vai trabalhar a autonomia, dentro das limitações de cada um, para ajudar na inserção na comunidade e no mercado de trabalho.
Então, em vez de aprender a usar talheres, o adulto vai trabalhar questões como organizar sua casa, buscar atendimento médico ou procurar um emprego.
Compreensão e empatia
Entender o autismo, ter empatia pelos portadores e seus familiares é importante para que as pessoas com TEA sejam respeitadas, tenham seus direitos garantidos e, claro, sintam-se amadas e acolhidas.
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